segunda-feira, 24 de junho de 2013

EDUCAR-SE PARA CATEQUIZAR O MUNDO JOVEM

1. Um fato que faz pensar
     Dona Mariana era catequista havia muitos anos. Todos a admiravam por conta de sua perseverança e dedicação e por seus conhecimentos a respeito da  doutrina da Igreja e dos princípios morais da fé cristã que ela tão bem ensinava e procurava viver.Havia sido professora e se aposentara, doando seu tempo quase todo aos trabalhos da Igreja. Atuava em várias pastorais e era, como se costuma dizer, " pau para toda a obra".
     A comunidade estava se preparando para o início do ano catequético. a coordenadora havia marcado uma reunião para dividir as turmas. Naquele ano haviam organizado um grupo com vários jovens que ainda não tinham recebido os sacramentos de iniciação cristã. Alguns nem batizados eram. A maioria já tinham participado da primeira comunhão eucarística, mas não da crisma. 
    - Quem poderá assumir essa turma? - perguntou a coordenadora.
     Fez-se um longo silêncio. Novamente a coordenadora perguntou: - Alguém se dispõe a catequizar estes jovens? Vamos, gente...
     Novamente silêncio. Então, Dona Mariana tomou a palavras: - Olha, eu nunca disse não, a Jesus! Não tenho nenhuma experiencia com jovens. Sei que jovem é sempre difícil e problemático mas, vou assumir.
     Todos respiraram aliviados. Parecia que um peso tinha sido tirado das costas de cada membro do grupo. Dona Mariana começou seu trabalho. Pegou seus "livros de catecismo", organizou as cadeira da sala feito escola e, a cada encontro, ia passando os conteúdos que achava mais necessários. Lia passagens bíblicas e as explicava longamente. Nos primeiros encontros, os jovens ficaram muito calados, observando a "professora" com olhares curiosos e assustados. Depois começaram a conversar durante as "aulas", brincar, e alguns sumiram da catequese. Não demorou dois meses para que , em uma reunião de catequistas, dona Mariana dissesse:
    - Gente! Conheço meus limites. Tentei ser uma boa catequista para os jovens, mas sinto que  não estou conseguindo nada, senão afastá-los mais ainda. Estou colocando meu cargo a disposição, pois entendo que não tenho perfil para catequizar jovens. Quem sabe outra pessoa consiga falar " a linguagem deles"...
      E, a partir daquele dia, admiraram mais dona Mariana, também pela sua humildade e coerência!

  •       O que pensar da atitude de  dona Mariana?
  •       Em sua opinião como deveria ser um catequista que se dispõe a catequizar jovens?
2. Refletindo um pouco mais

   É muito comum ouvirmos catequistas nas nossas comunidades dizer que não querem assumir turmas de jovens por se sentirem incapazes ou despreparados para a missão. Muitos deles temem começar e não dar conta da tarefa. Dizem que o trabalho com  jovem é desafiante. Outros argumentam que não sabem falar a "linguagem" dos jovens e, por isso mesmo, não se arriscam a catequizá-los. Isso tudo tem um pouco de verdade.
    De fato, a catequese com jovens é bastante diferenciada da catequese de iniciação de crianças, tanto nos seus conteúdos quanto no seu método. Não pode ser simples transposição de conteúdos infantis "melhorados" e mais aprofundados... É preciso que o catequista contemple uma série de temas e vivencias muito próprias do mundo juvenil para que sua palavra encontre algum eco entre seus catequizando jovens. Quanto ao jeito de catequizar, aqui se exige uma série de "conversões" a um estilo todo apropriado e diversificado de fazer acontecer o processo evangelizador e catequético.

3.  Qual catequista?
   em primeiro lugar, há que pensar na idade e experiencia de vida do catequista. Ainda que o critério idade "cronológica" não seja decisivo nem restrito a um  bom trabalho, a experiencia tem mostrado que certa identificação catequista-catequizando favorece certamente o processo; isto é, o chavão "jovem evangeliza jovem" tem alguma razão de ser. Sempre que possível, a comunidade eclesial deve ser investir na seleção e formação de alguns jovens e enviá-los a outros jovens como educadores da fé.
    Mas, para isso, é necessário que esse catequista jovem tenha aderido consciente e alegremente a via eclesial, no seguimento de Jesus Cristo e na experiencia espiritual do encontro com ele, de modo que dê testemunho coerente da fé na comunidade e na vida social. Isso pressupõe que este jovem tenha passado por fecunda catequese, participe dos sacramentos, esteja engajado na caminhada das pastorais da Igreja e, sobretudo, seja boa referência de fé nos mais diversos ambientes que frequenta ( escola, trabalho, lazer, etc).É interessante que seja um pouco mais velho que seus catequizandos, mas participe de seu mundo, conheça bem seus costumes, esteja inteirado da linguagem e da cultura juvenil dos dias atuais.
    Nada impede que um catequista mais velho assuma a condução de um grupo de jovens se ele estiver aberto ao diálogo e a uma caminhada de troca de experiencias e vivências de fé. Um catequista que já tenha se casado, por exemplo, e também tenha filhos jovens  podendo agregar  muito aos jovens catequizandos, desde que saiba lidar bem com eles,não tenha preconceitos contra os costumes e comportamentos dos jovens, não seja conservador na sua metodologia, mas saiba diversificar o jeito de tratar adequadamente dos assuntos e temas mais relevantes ao interesse e necessidade dos jovens.

4. Que catequese?
  
    Uma catequese acolhedora e afetiva é imprescindível, já que vivemos em um contexto cultural bastante controvertido e delicado. Muitos jovens estão desencantados com a vida, sem perspectivas  profissionais, oriundos que são de famílias esfaceladas que não lhes podem dar suporte algum. outros perguntam pelo sentido da existência e querem encontrar, na fé, respostas adequadas às suas mais profundas angústias e insatisfações. Buscam, sobretudo, referencias e exemplos em que possam se espelhar para reorganizar sua caminhada. E o catequista, não raras vezes será eleito por eles como testemunha e modelo de vida.
    Enfim, para ser catequista de jovem, é necessário "educar-se" novamente na perspectiva do mundo jovem: mundo da criatividade, do questionamento que liberta, da fé operante e construtora de um mundo melhor, do afeto e da fraternidade, do belo, do lúdico e do encontro com Jesus Cristo, jovem comprometido com a vida e com as grandes utopias da humanidade renovada e feliz!
Pe Vanioldo de PAiva
Revista Ecoando (junho a agosto de 2013)


quinta-feira, 20 de junho de 2013

FORMAÇÃO DE CATEQUISTAS NA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA PENHA
COMUNIDADE SÃO FRANCISCO - QUINTA DA BOA VISTA
DIA 19 DE JUNHO DE 2013
TEMA: A PEDAGOGIA DE JESUS



domingo, 16 de junho de 2013

Hoje na Paróquia Nossa Senhora da Penha as crianças da Eucaristia receberam o Simbolo Apostólico (Creio) na missa das 9h30min.



E os jovens da pré-crisma receberam a imposição do Escapulário.